"por que eu desisto tão rápido?"
ele ainda não sabe que gosta + presentinho pra incentivar 🎁
Eu podia esperar a enquete acabar daqui 3 horas, mas…
👉 92% adorou a versão com um tema só,
👉 enquanto 8% achou ruim ou quer que eu tente de novo, na próxima.
Então,
⭐ bem-vindo à próxima ⭐
Nessa edição, você vai entender como eu passei de leitora frustrada que desistia no segundo capítulo à pessoa que faz lista de livros pra comprar na Black Friday.
Ah, no final da news tem surpresinha.
👀 Ninguém tá vendo, pode assumir: você odeia ler, né?
Tá tudo bem, a gente não é ensinado a gostar.
Mas que o brasileiro não gosta de ler não é exatamente uma novidade, né? A falou sobre isso também:
Pra ter mais uma prova de que o brasileiro não curte ler - pelo menos não se o texto
tiver mais de 2 linhas - é só abrir os comentários de qualquer rede social:
A pessoa posta uma receita de bolo de cenoura e coloca todos os ingredientes na legenda.
Com certeza, você vai topar com alguém comentando “qual é a receita?”, “cadê as medidas?” e até mesmo coisa como “mas é bolo de quê?”.
Sim, temos recortes sociais diversos e nem toda escola ou lar prioriza a leitura.
Eu mesma estudei numa escola que, em 4 anos, nunca foi pedido que os alunos lessem qualquer livro. Nem aqueles de bolso, nem poema, letra de música, nada.
Se a minha família não tivesse me incentivado, é bem provável que eu não estaria nem vivendo da escrita - essa prática valiosíssima que me trouxe coisas incríveis na vida.
Entre gibis da Turma da Mônica e livros do Ziraldo, foi tudo muito saudável até a chegada da…
Você pode correr, mas não pode se esconder.
Sim, a internet corroeu nossa atenção como um rato que destrói a fiação de uma casa: aos poucos e silenciosamente.
⚗️ Mas a ciência explica o que tá pegando
Maryanne Wolf, neurocientista cognitiva da Universidade da Califórnia, defende que os hábitos digitais tão matando nossa capacidade cognitiva.
"As pessoas estão percebendo que algo está mudando em si mesmas, que é seu poder de leitura. E há um motivo para isso. "
Maryanne Wolf
Segundo Wolf, a prática de passar os olhos pelos textos ou ler superficialmente uma tonelada de informações, é o que tá jogando a última pá de cal na nossa capacidade de:
👁️ Entender argumentos complexos sem a “tradução” de imagens e vídeos
👁️ Fazer análises críticas ao invés de concordar com tudo o que aparece
👁️ Criar empatia por pontos diferentes do seu e do meu.
É, a internet tá consumindo a gente.
Mas se você quer sair dessa estatística e começar a ler, fica em paz.
Tem solução.
🩷 Você ama ler: seu cérebro só não sabe disso (ainda)
Pensa lá, quando você tinha uns 15 anos.
Era mais legal abrir um livrinho de piadas do Louro José ou O Triste Fim de Policarpo Quaresma?
Então, melhor que começar a ler livros, só começando por livros que realmente te interessam.
Jornal e revista também servem, mas toma cuidado pra não abrir demais a lista de exceções e voltar a “ler” postagens de Instagram.
Eu sei que você considera isso como leitura.
🤔 Mas como passar da leitura preguiçosa das redes sociais pra pessoa leitora de livros?
Primeiro, que eu não sou nenhuma vagabunda obrigada a ler o que eu julgo chato. Vamos partir daqui, tá bom?
Se você não gosta dos grandes clássicos da literatura, esse é o menor dos seus problemas - todo Orgulho e Preconceito teve sua fase Crepúsculo, um clássico não nasce clássico.
Leva tempo.
Assim como o seu gosto por leitura fora da internet. Ou dentro, se você usa Kindle ou tablet, mas você entendeu o conceito.
💡 Pra começar a gostar de ler, eu fiz o seguinte:
💡 Escolhi UM livro: quanto mais opções você tem, mais perdido fica. Por isso, escolhi UM. Li a sinopse, vi algumas críticas e adotei O Alienista, de Machado de Assis.
💡 Considerei o número de páginas: eu sabia que desistiria rápido se o livro fosse um Vade Mecum. Então, escolhi O Alienista pelo tamanho da história, também: 70 páginas.
💡 Criei um ambiente: eu sabia que eu não seria aquela pessoa que lê em qualquer lugar. Pensando nisso, eu criei uma forma de desejar o momento de ler, esperar ansiosa pela hora de abrir o livro…
💡 …com comida, sofá, café, música de fundo, passarinhos: eu encontrei o meio do caminho entre relaxamento total e foco + atenção. Quando eu me preparava pra ler, ficava no canto mais confortável do sofá, num horário com pouco barulho na rua e o mais importante: com o dia “resolvido”.
💡 Desliga e liga: com tudo isso feito, eu desligava a cabeça das preocupações - que eu já tinha dado conta - e ligava a atenção pra história.
No começo, você vai perceber que a sua atenção é bem limitada. Em menos de 10 minutos, sua mão vai SOZINHA checar qualquer coisa no celular - mesmo que você não esteja esperando nada e nem ninguém.
Pode confiar, essas quebras de atenção vão diminuindo sem que você perceba.
Hoje em dia, se eu não colocar ALARME no celular, eu fico lendo e escrevendo por várias horas.
🖐️ Somos todos leitores frustrados
Até quem lê num ritmo legal, tipo 1 livro por mês, se sente meio frustrado. Isso é normal.
Agora, imagina como se sente, quem quer gostar de ler e não consegue?
É chatão.
Por isso, antes de começar a treinar seu cérebro, é importante que você ESQUEÇA certas coisas que podem te atrapalhar:
🖐️ Você não precisa de uma poltrona nova e um abajur especial pra começar a ler.
🖐️ Seu livro não deve ser novo ou acompanhar qualquer tendência.
🖐️ O seu ritmo de leitura só interessa a você. Dois meses? Um ano? Tanto faz.
🖐️ Ninguém tem que - e nem vai - saber, se você começar um livro super conceituado, achar um saco e desistir antes do fim.
Tem gente que lê em pé no metrô.
Já conheci uma pessoa que deixava o livro aberto na janela e lia enquanto cozinhava ou lavava a louça.
Um amigo tinha o hábito de ler enquanto fazia esteira na academia.
Já vi gente lendo na praça de alimentação do shopping.
A sua missão, agora, é encontrar o seu jeitinho.
e pra te ajudar nessa etapa…
🎁 Presente pra começar a ler agora, hoje, sem desculpa
Um dos meus livros favoritos da vida toda é o Quarto de Despejo - diário de uma favelada, por Carolina Maria de Jesus.
Você pode baixar ou ler online clicando no botão aí. Esse livro me ensinou boa parte do que a vida falhou em ensinar.
Só não vale mandar áudio de 6 minutos chorando depois.
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