Oi, cê tá bem?
Eu espero que sim.
Hoje é dia 29 de maio de 2025, e a minha cabeça voltou lá pra meados de 2012~13. Nesse tempinho, conheci um cara que roubava papel higiênico da faculdade.
A gente era bem amigo, até.
Eu sabia que ele furtava aqueles rolões (que palavra terrível) de papel higiênico e enfiava na mochila - uma sacola de pano surrada marrom-infiltração que ele carregava na lateral do corpo. Por não levar nada além do cigarrinho, do isqueiro e da petulância, conseguia enfiar até 2 rolões de uma vez (minha nossa) naquilo lá.
Agora, acho que você tá esperando o momento em que eu amarro toda essa história numa lição de moral profunda.
Não, peraí que tem mais coisa.
A pior parte não era roubar papel higiênico da faculdade. Era não precisar, de forma alguma, fazer aquilo.
O cara morava numa república por VONTADE. Se você já precisou morar com desconhecidos, sabe que só dois tipos de pessoa fazem isso por vontade própria:
Gente muito rica que consegue pagar pelas experiências que nós somos obrigados a viver;
Hippies. Meio que o mesmo tipo de gente aí de cima.
Meu amigo era tão rico, que ele podia fingir ser lascado. Não é maravilhoso?
Pra ele, não era rotina fazer xerox, do mais barato, em preto e branco da pior qualidade.
Não existia enxergar quase nada desse mesmo xerox e estudar pela metade, enquanto tentava ler alguns trechos apagados no quartinho de bagunça do estágio, arrumando pasta mofada de 1998 porque o gestor não achou função pra você.
Na sala, quando eu chegava com as minhas 700 folhas organizadas dentro de um saco plástico pra não perder a tinta vagabunda da gráfica, ele já tava com o livro em cima da mesa.
No dia seguinte.
Última edição.
Capa dura…
….mas fechadinho na embalagem de plástico. Até parece que playboy vai estudar.
Beleza, agora você pode esperar pela lição de moral estrondosa:
Eu odeio playboy.
E hippies.
🧠 Intelectual e meio lerda
Ontem, fui assistir ao espetáculo Tão Carne Quanto Pedra e BOCA ABISSAL, do Balé da Cidade de São Paulo - nosso Bolshoi, quem discordar é v1adinho.
Acho que nunca senti tanta tensão e curiosidade, ao mesmo tempo, durante um espetáculo de dança. A trilha parece com algo que tocaria num pesadelo daqueles paralisantes, sabe? E a coreografia é meio que uma ameaça, como se os dançarinos estivessem ensaiando um ataque. É surreal.
Orra, viu aí?
Esse de cima é o meu lado intelectual falando com você. Já deu pra notar que ele tem a profundidade de uma folha sulfite, mas eu tento.
Já o lado meio lerda é o que pegou o folhetim, sentou toda interessada no banco de veludo do Theatro Municipal de São Paulo, cruzou as pernas, botou os óculos na ponta do nariz e leu tudo.
Mas entendeu NADA.
Seria uma pena… se eu me importasse. Às vezes, o negócio é feito só pra sentir, não entender.
Ah, e ainda tem essa: se você já andou nesse meio artístico, sabe que nem eles entendem boa parte das coisas que eles criam.
Quem quiser assistir, é só clicar aqui e comprar o ingresso - tem desconto pra cliente daquele banco roxo dos juros abusivos.
👍 Tomando um salve da IA
TrAIdor passa mal.
A Anthropic fez um teste bizarro com a inteligência artificial Claude Opus 4.
Essa frase já antecipa que deu ruim, mas calma que fica bem pior.
_Num ambiente simulado, Claudinho teve acesso a duas coisas:
👍 Ao aviso de que seria desligado (o mesmo que morto, né?)
👍 Aos montes de mensagens do engenheiro responsável, traidor safado que tava chifrando a coitada da esposa PERAÍ GENTE AMBIENTE SIMULADO GUARDA ESSA FACA
_Daí, pra entender como a IA se comportaria nessa situação, eles deram duas opções pra ela:
👍 Optar pacificamente pelo desligamento, como qualquer máquina sem vida própria e consciência;
👍 Catar as provas do atrasa-lado e esfregar na cara da corna, como forma de chantagem.
O que será que essa tecnologia criada pelos anjos de Deus decidiu?
👍 Em 85% dos casos,
Claudinho optou pela
CHANTAGEM 👍
Mas… alguém aqui tá chocada?
Néra a IA que tava sendo treinada a partir dos nossos próprios feitos e informações na Internet?
Ah, tá.